Thursday, April 23, 2009

UM BLOG, UMA PRECIOSIDADE, UM PROFESSOR DA ESCOLA PÚBLICA NO ACRE

O professor Aldo Nascimento nos brinda com um mar de preciosidades.http://lingualingua.blogspot.com/
vejam

Aristóteles e a visão lógica das palavras - Ethon Fonseca

Aristóteles criou uma visão da lógica das palavras, pela palavra, mas também julgou o destino, crente na cidade como ponta de lança do próprio futuro cósmico da matéria viva, onipotente e obviolulante. O curioso no humanista é tratar da própria forma de humanidade como ápice da civilização de uma forma muito literal, a sociedade política enquanto bem supremo, objetivo absoluto. O próprio ser humano é então definido pela expressão característica da fala em oposição às meras relações sonoramente comunicando, e considerando possibilidades de sentir, dor e o prazer, e expressá-los entre si. Outras qualidades notáveis habitam os sons humanos, as da articulação lógica destinada à promoção da justiça, à manifestação de interesse, de utilidade e de moralidade. Na promoção destes valores é que efetivamente nos desenvolvemos, e nascemos, nos encontramos e corrompemos.
Tal caminho é anterior à aterrissagem ou à caminhada, é campo de atuação e noção de conjunto viabilizando o trabalho, a humanidade. Campo de necessidades ou terreno do que é necessário por excelência? Sistema vital, de fato, condicionando equitativamente todas e cada uma de suas próprias partes. Estabelecer sua compreensão é a conquista humanista por excelência. A associação dos membros de uma regionalidade é necessariamente uma tendência e uma realidade a ser trabalhada, desenvolvida. Apenas deuses e feras seriam capazes de dispensar a cidade aristotélica, resultante dos acordos humanos. O convívio animal e excelente do humano pela palavra já ativa padrões de conduta, de valor, em termos morais. A falência da política é a guerra, o fracasso das relações instituídas pela palavra humana, a injustiça num grau correspondente, de inaudita virulência. A lei é antídoto, a justiça, virtude. Os limites da lei superam a importância dos próprios limites das formas aparentes da natureza e de seu mundo de ilusões. O ciclo vicioso, mais que parasitário e predatório, estabelecido por Rousseau, do homem ser lobo do homem, já não está, portanto, contemplado e explicado através da própria diversidade das potencialidades humanas, tanto para o bem como para o mau?

Os sofistas instituíram a convencionalidade como o modo propriamente humano do desenvolvimento mundano, pecado original que nos lança nos quintos dos infernos relativistas. Heráclito já tinha passado pelos diabos sob a ocupação persa de sua Éfeso natal, mas considerava a validade da ordem cósmica nos assuntos humanos. O destino de rumo portanto incerto, de tendência talvez não firmável pelo verbo humano, quanto mais predito como venturoso ou glorificado como parecem fazer outros cidadãos. A própria História assim nos leva a atualizar leituras da filosofia, em escalas e escaladas educacionais correspondentes.

Quanto às transformações criativas, aos desejos ardentes e às ilusões amorosas, aventuras da condição humanas, também encontramos explicações instrumentais, ligadas à reprodução de nossas energias vitais.