Tuesday, January 12, 2010

O PENSARE, CENTRO DE ESTUDOS DE FILOSOFIA E HUMANIDADES HOMENAGEIA SUA ILUSTRE COLABORADORA.

“As cores de abril, os ares de anil, o mundo se abriu em flor....o canto gentil, de quem bem te viu num pranto desolador, não chores me ouviu, que as cores de abril não querem saber de dor” Toquinho.

Dilecta nasceu em 5 de abril de 1927, o mês em que o firmamento no hemisfério sul é mais bonito. Talvez a rota das estrelas tenha direcionado sua vida na busca da dignidade humana, especialmente daqueles que vivem à margem das periferias urbanas, destituídos dos mais elementares direitos. Mas, ela não foi apenas a líder comunitária, era intelectual consciente, estudiosa, poucos conheciam como ela, na teoria e na prática, das mazelas dos que habitam as cidades. Não se deixou levar pela vaidade, nunca usufruiu funções gratificadas, das benesses dos governos, dos partidos. Viveu do seu trabalho de professora e pedagoga, concursada pela Secretaria da Educação.
Partiu muito cedo, “82 anos não é nada”. Foi embora numa tarde quente do dia de Natal de 2009, ás 14 horas e 50 minutos, novamente iluminada por algumas estrelas notáveis por estas bandas.
Dizem que a vida é breve e a arte é longa, há séculos. Que a arte e o exemplo da nossa amiga Dilecta permaneçam no coração e nas mentes dos homens e mulheres desta cidade. A cada abril olharemos para o céu e veremos o desabrochar das cores que não querem saber de dor.

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